Quanto mais escrevo mais louco fico, mais misturo, mais brinco com as palavras, ora vem uma, ora vai outra, meu bingo lingüístico reflete meu eu fictício.
O sonhador, o aventureiro, o poeta, o palhaço, pateta, astuto...
Quando a alma domina, brinco com a mente, e em alguns preciosos momentos posso trocar o corpo pelo espírito, então realizo a fuga.
Ligo meu automóvel, um olhar pro céu.
Rapidamente posso chegar àquele momento em que parece que você pode absorver toda felicidade do mundo e transpirá-la aos poucos, gota a gota, prazer delicadamente encaixado em seus poros, fixado solenemente.
Saindo aos poucos, sentindo o gosto de um sorriso, ingerindo uma gargalhada, deixando uma lágrima desfilar pelo rosto demonstrando com graciosidade o resultado de uma verdadeira degustação de felicidade.
Graciosa, a alegria vem gentil e certeira, rápida e rasteira, generosa e singela.
Todo momento de prazer deve ser aproveitado de forma incomensurável e também de tal forma que possa ser lembrado e totalmente resumido, num simples olhar.
O olhar que te diz tudo num tempo
Quase nada de um simples piscar.
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