sábado, 18 de dezembro de 2010

Café da manhã


Dizem que no café na manhã deve se comer como um rei, e nas outras refeições o aconselhável é ir baixando de escalão. Deixando de lado as provas científicas e as minuciosas regras de bem estar, a lógica prova isso, pois, o corpo deve estar preparado para o longo dia que se seguirá.



Pulando esta parte pseudo-nutricionista, penso num paralelo com a escrita, quando acordamos produzimos? Acho que a única certeza de produção na maioria das vezes é a de mal humor, que assola a maioria das manhãs.


A madrugada é certa como companheira de boa escrita, talvez porque ela vem junto com a boêmia ou com a melancolia de pensamentos sentimentais, de certo a madrugada é propícia para expor as reflexões em formas de palavras.


Talvez depois do passar de tantas horas do dia a escrita não esteja já tão pura, ela incorpora um estado selvagem, já calejado pelo que se viveu.


Agora tento escrever pela manhã, não muito criativa, mas ainda inocentada de males ou bens que me afogarão ao passar das horas.