quarta-feira, 20 de abril de 2011

Expresso






Era ela, aliás, sempre foi ela.


Já tentei esquecimento, sobreposição, nada adianta.

Olhe como me olha, será que me olha? Será que me despreza, será que me consola?

Foi a última foto, e nem foi uma foto, foi o desenho do último momento que compartilhamos juntos, sublime, o desenho.


Tarde seca sem brisa, por volta das cinco, celular, marcar encontro, praça.


O romantismo já não era o mesmo, comprimento rápido escancara muita coisa.

Debate mais pegado, ninguém cedia como antes, ou se sustentava em intermináveis chamegos.

E por fim um veredito, tempo era a solução, de fato, não gostei.


Pra onde será que vai esse tempo que não volta, me questionei por um tempo real.

Quando voltei, vi exatamente o que o desenho grita, expressão única, creio, indefinível.

Agora despedida rápida, que optei por não buscar sentido ou significado, passo a frente, destinos contrários.



Mas vida que é vida segue, sempre seguiu, sigo seguindo ela, não a musa, sim a vida.


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Alguns pontos


Hoje acordei muito bem, um dos motivos foi que tive o prazer de completar uma das leituras mais agradáveis e criativas que já tive, é o livro de contos do recentimente falecido escritor e médico Moacyr Sciliar, eu particulamente não conhecia sua obra, e conheci de forma bem inusitada já que o livro foi esquecido em minha casa, não resisti, devorei.

A maneira com que ele conta suas pequenas histórias é fantástica, original e tem uma peculiaridade no terminar de seus textos, já que ele prefere finais simples invés de finais impactantes e reveladores, como de costume.

Deixo como dica esta leitura, rápida e revigorante, meu dia começou bem melhor.